quarta-feira, junho 12, 2013

Workshop Minha Criança Interior, em São Paulo

Little Girls Playing in the Leaves Dentro de cada um de nós vive ainda um pedaço da nossa infância, nossa Criança Interior. Essa Criança Interior participa da nossa percepção e apreciação do mundo, daquilo que vivenciamos e sentimos, e é indispensável que ela esteja saudável para que possamos ser adultos completos! Muitas vezes não recebemos os cuidados e atenção que precisávamos quando crianças para podermos nos desenvolver de forma plena. Não poucas vezes sofremos abusos quando crianças, sejam físicos, sexuais ou com palavras. Ouvimos ofensas daqueles que deveriam nos proteger e cuidar. Palavras duras, como "você é muito preguiçoso", "você não consegue aprender nada", "você só faz besteira", "você não presta mesmo". Tudo soa como profecias que precisamos cumprir em nossas vidas, e assim vamos agindo para confirmar as palavras daqueles que amamos tanto. Ainda podemos libertar essa Criança Interior dessa dor que não foi expressa e que fica fazendo pirraça ou agindo de acordo com as ofensas que interiorizou desde criança, coisas que não cabem mais na vida de um adulto sadio, e atravancam nossos relacionamentos, nossa vida profissional e, principalmente, nossa auto-estima! Nesta vivência, buscaremos identificar os pontos de nossa infância que influenciam nossas atitudes de hoje, para que possamos trabalhá-los em grupo, buscando entendê-los e transformar a dor em criatividade que nos permita viver uma vida mais de acordo com  o que sonhamos e não com o que nos (mal) profetizaram. O objetivo desse trabalho é buscar na infância os instrumentos que possam nos ajudar a resolver questões pela quais passamos HOJE. É um trabalho indicado para pessoas que estão passando por algum problema e desejam resolvê-lo de forma consistente, lançando mão de suas potencialidade. Este trabalho será realizado em grupo, com interações entre os participantes, que serão incentivados a produzir artisticamente a partir de suas histórias, e movimentos. Venha com uma roupa confortável, traga fotos suas de quando criança, brinquedos que você ainda tenha, bichinhos de pelúcia. Coordenação: Marcelo Guerra, Médico Homeopata, Acupunturista e Terapeuta Biográfico.
Data: 29 e 30 de junho de 2013. (Sábado, dia 29, de 8h às 19h; Domingo, dia 30, de 8h às 13h.
Custo: R$600,00 (incluindo o custo de material. Este preço pode ser dividido em 2 parcelas, uma no ato da inscrição e outra no dia 29 de junho).
Inscrições pelo e-mail marceloguerra@terapiabiografica.com.br.
O mínimo de participantes será de 4 pessoas e o máximo, 6. Se não houver o mínimo de inscritos até o dia 16 de junho de 2013, o workshop poderá ser adiado.

Clique aqui para inscrever-se agora.

 

terça-feira, janeiro 15, 2013

Excelente reflexão sobre a medicina de hoje


PSICANÁLISE DA VIDA COTIDIANA

Recortes na Medicina de Hoje

CARLOS VIEIRA
Paulo é médico, formado no século passado, lá pelos idos de 1968. Oriundo de uma Faculdade, praticamente filha da Escola Baiana de Medicina. Aliás, naquela época os centros de referências de formação de médicos eram a própria Escola Baiana de Medicina, a Academia Nacional de Medicina no Rio de Janeiro e o Hospital das Clínicas de São Paulo.
Paulo foi formado ainda no tempo em que a “a clínica era soberana” e a “relação médico paciente” não era exatamente uma disciplina do curso médico, mas uma atitude ética e importante na formação. Aprendia-se que, antes de qualquer coisa a ser examinada, examinasse a “pessoa” do paciente, e não um objeto frio de investigação. 
O exame era clínico e psicológico: conversar com a pessoa, saber da história dos seus sintomas, investigar suas correlações psicossomáticas, ouvir, apalpar o corpo do paciente, escutar seus sons e tons, sua pele, o movimento dos seus órgãos, pegar o pulso, aferir a pressão arterial, tudo enfim, antes de partir para exames complementares como forma de encobrir inseguranças. O “olho clínico” do médico era um instrumento da sua intuição e experiência clínicas.
Paulo, meu amigo, conta-me a seguinte história: 
Há dias que sentia zumbidos e momentos de leve tontura. Sua audição, principalmente a do lado esquerdo, notava que estava reduzida. Levantava-se, 
às vezes, como se uma crise de labirintite se instaurasse para ficar. Preocupado, claro, marcou uma consulta com um Otorrino. Não se anunciou como colega, como médico. Entrou, foi recebido, sentou e falou dos seus sintomas. O colega ouviu, pensou que seria interessante usar algo para desfazer a cera, e logo disse: “usa esse remédios por uma semana, mas, antes, vou pedir uma ressonância magnética para maiores esclarecimentos. Você volta, traz o resultado do exame, e fecharemos o diagnóstico.”
Nesse momento, Paulo, contrariado, diz: “Dr., eu sou médico também, seu colega. Pensei que o senhor examinaria os meus ouvidos com o otoscópio. Tudo bem, muito obrigado pela atenção. Procurarei outro colega que, antes de tudo, possa conversar comigo e examinar meus ouvidos antes de apelar para qualquer exame de imagem. Passe bem, e muito obrigado”.
Dias depois, ao ter que fazer uma viagem à sua cidade natal, Paulo aproveitou e marcou uma consulta com um velho amigo, colega e contemporâneo de Faculdade. O colega quis ouvir a história dos zumbidos e da tontura, tirou seu pulso e pressão arterial, examinou seus ouvidos, conversou sobre seus hábitos, enfim, estabeleceu uma relação humana. Consequência: ambos estavam entupidos de cera, principalmente o ouvido esquerdo!
Essa história parece ser banal, corriqueira, mas reflete um recorte na medicina atual. Vivemos uma realidade na prática médica, da exuberância dos exames complementares! Muitos dos nossos médicos, hoje em dia, não saem da faculdade com uma formação básica clínica. As faculdades parecem se preocupar por formar “técnicos em medicina” e não médicos, tanto do corpo quanto da alma. É óbvio que exames são importantes, mas são exames complementares, ou seja, auxiliam a clínica, a intuição e experiência clínica dos colegas. 
Por consequência, estamos assistindo, e essa história é um modelo atual, a uma medicina que não se preocupa com a pessoa do paciente; com uma medicina, talvez, a serviço de uma super especialização que por sua vez agrada aos interesses econômicos tanto dos médicos, como dos empresários da medicina, a despeito de uma atenção primária – a relação médico paciente com sua importância de investigação mais profunda, do ponto de vista clinico psicossomático.
Em entrevista dada à revista Carta Capital, de 9 de janeiro de 2013, o Dr. José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde, salientou que: “O País passa por um processo de ‘americanização’ de seu sistema de saúde, com a perda de controle dos gastos causada pela hiper especialização médica, pela pressão da indústria para o custeio de tecnologias de eficácia duvidosa e a falta de regulamentação do mercado privado.” Mais adiante diz Temporão: “Há um consenso entre os especialistas de que não é possível ter um sistema de saúde universal, equitativo e sustentável sem uma grande base de atenção primária. A classe média imagina que um sistema bom é aquele no qual ela pode escolher seus especialistas por conta própria. O cidadão sente uma palpitação e procura um cardiologista, sem antes passar por um clínico geral. Só que talvez o problema não seja cardíaco, então o paciente transita entre vários especialistas até acertar o diagnóstico, com um custo elevadíssimo para o sistema.” 
Lembro agora quando fazia meu curso de Medicina na Universidade Federal de Alagoas, meu professor de parasitologia sempre enfatizava: diante de um desconforto gastrointestinal, antes de qualquer exame mais sofisticado, peçam um simples exame e cultura de fezes e urina. O que pode ser sintoma de úlcera, às vezes é uma simples verminose!
É necessário mais incentivo e ação governamental para criarem mais facilidades para o exercício de Clínicos Generalistas.
Ainda citando a entrevista do Ministro Temporão: “Os clínicos gerais funcionam como uma espécie de filtro antes de o paciente ser encaminhado aos níveis mais especializados. No Brasil, é comum um paciente não saber qual é o seu médico... as faculdades não formam médicos preparados para essa visão. Há uma especialização precoce. No Canadá, as bolsas e vagas para residência médica são definidas pelo governo. Em 2012, a grande maioria das vagas disponíveis era para clínicos gerais.”
Caro leitor, deixo aqui as minhas esperanças para que uma boa parte dos colegas médicos, lembrando os conselhos do mestre Hipócrates, vejam mais os seus pacientes. Ouçam, dediquem um pouco do seu tempo para examiná-los, para conversar e exercitar os preceitos da clínica médica básica. Os exames complementares são complementos à arte da medicina, e não artefatos técnicos e sedutores para encobrir as deficiências de formação.

Carlos.A.Vieira, médico, psicanalista, Membro Efetivo da Sociedade de Psicanálise de Brasilia e de Recife. Membro da FEBRAPSI e da I.P.A - London.

segunda-feira, novembro 12, 2012

Minha Criança Interior - Edição de Férias

Dentro de cada um de nós vive ainda um pedaço da nossa infância, nossa Criança Interior. Essa Criança Interior participa da nossa percepção e apreciação do mundo, daquilo que vivenciamos e sentimos, e é indispensável que ela esteja saudável para que possamos ser adultos completos! Muitas vezes não recebemos os cuidados e atenção que precisávamos quando crianças para podermos nos desenvolver de forma plena. Não poucas vezes sofremos abusos quando crianças, sejam físicos, sexuais ou com palavras. Ouvimos ofensas daqueles que deveriam nos proteger e cuidar. Palavras duras, como "você é muito preguiçoso", "você não consegue aprender nada", "você só faz besteira", "você não presta mesmo". Tudo soa como profecias que precisamos cumprir em nossas vidas, e assim vamos agindo para confirmar as palavras daqueles que amamos tanto. Ainda podemos libertar essa Criança Interior dessa dor que não foi expressa e que fica fazendo pirraça ou agindo de acordo com as ofensas que interiorizou desde criança, coisas que não cabem mais na vida de um adulto sadio, e atravancam nossos relacionamentos, nossa vida profissional e, principalmente, nossa auto-estima! Nesta vivência, buscaremos identificar os pontos de nossa infância que influenciam nossas atitudes de hoje, para que possamos trabalhá-los em grupo, buscando entendê-los e transformar a dor em criatividade que nos permita viver uma vida mais de acordo com  o que sonhamos e não com o que nos (mal) profetizaram. Este trabalho será realizado em grupo, com interações entre os participantes, que serão incentivados a produzir artisticamente a partir de suas histórias, e movimentos. Venha com uma roupa confortável, traga fotos suas de quando criança, brinquedos que você ainda tenha, bichinhos de pelúcia. Será servido almoço e, nos intervalos da manhã e da tarde, chá e café com biscoitinhos e frutas.
Coordenação:
    • Marcelo Guerra, Médico Homeopata, Acupunturista e Terapeuta Biográfico.
    • Antonélla Aggio, Formada em Psicologia (PUCCAMP 1997),  em Terapia Social pela Associação Beneficente Três Fontes em Campinas/SP, e Aconselhadora Biográfica;
Data: de 11 a 13 de janeiro de 2013. (Sexta, dia 11, de 19 às 22h; Sábado, dia 12, de 9h às 17h; Domingo, dia 13, de 9h às 14h.
Custo: R$500,00 (incluindo o custo de material e a alimentação referida acima. Este preço pode ser dividido em 2 parcelas, uma no ato da inscrição e outra no dia 11 de janeiro).
Inscrições pelo e-mail marceloguerra@terapiabiografica.com.br ou pelo telefone (22)3066-1564.
Sugestões de hospedagem:
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sexta-feira, junho 10, 2011


Rumi 

“Por anos, imitando outras pessoas, eu tentei conhecer a mim mesmo.
De dentro, não podia decidir o que fazer.
Incapaz de ver, ouvi meu nome sendo chamado.
Então, caminhei pra fora.
A brisa do amanhecer tem segredos para lhe contar.
Não volte a dormir.
Você tem que verificar o que realmente quer.
Não volte a dormir.
As pessoas vão e voltam através da soleira da porta
Onde os dois mundos se tocam.
A porta está aberta.
Não volte a dormir. “

Uma princesa dormindo no meu colo


Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Fernando Pessoa

segunda-feira, junho 06, 2011


Cora Coralina

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
.Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
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