quinta-feira, julho 28, 2005

Internet e Amigos

Esta foto eu fiz em Passos, MG, há 2 anos atrás.
Outro dia, eu vi uma foto parecida no fotolog de uma amiga, a Ana Marta, lá de Salvador, e resolvi postar novamente esta foto ontem para homenageá-la. E a homenagem foi retribuída de uma forma tão carinhosa, que me fez pensar em como a Internet é um meio de comunicação poderoso, e o uso que cada um faz dela depende da índole de cada um. Alguns vão trocar receitas de bombas, outros fotos de pedofilia, e outros (a maioria) vão fazer amigos. E bons amigos, como Ana Marta!

Carta publicada hoje no Globo

Zé Dirceu

É inconcebível imaginar que o deputado e ex-ministro José Dirceu não esteja envolvido nesse escândalo do Valerioduto, assim como das falcatruas de Waldomiro Diniz. Todos os envolvidos foram plantados em seus cargos por ele, que foi o homem (extremamente) forte do PT por muitos anos, como nós, fluminenses, sabemos bem. É só lembrarmos o que ele fez com a candidatura a governador de Vladimir Palmeira, em 1998, que foi implodida por sua ordem para apoiar Garotinho. A mancha que atinge o PT precisa ser removida, mesmo que para isso figuras eminentes do partido tenham sua vida pública investigada.

MARCELO GUERRA FERREIRA DE SOUZA

(via Globo Online, 27/7), Nova Friburgo, RJ

quarta-feira, julho 13, 2005

Deu na Folha de São Paulo: Multinacionais Farmacêuticas Manipulam Publicações Científicas > Vale-Tudo pelo $$$????

Médico sugere moratória de publicações

Para Richard Smith, ex-editor de revista médica, farmacêuticas manipulam periódicos para propaganda

Um tanto constrangido, o britânico Richard Smith, 53, confessa que passou quase 25 anos como editor de uma das maiores revistas médicas de seu país, a "British Medical Journal", sem atinar para a influência que as empresas farmacêuticas estavam tendo sobre as publicações do ramo.

Dois anos atrás, em plena Veneza, ele teve tempo de ler o que havia sido publicado sobre a relação entre essas publicações e a indústria. Smith percebeu que, por meio de estratégias discretas, as empresas fazem seus remédios parecerem muito melhores do que realmente são. Além disso, atrelariam as revistas a seus interesses comprando milhões em artigos reimpressos e distribuindo-os para médicos do mundo todo.

Por isso, num artigo publicado em maio na revista científica "PLoS Medicine" (que pertence a um grupo de periódicos de acesso gratuito do qual Smith é um dos diretores), ele defendeu um passo radical: cancelar toda e qualquer publicação de testes clínicos de medicamentos nos periódicos científicos. Só assim pesquisadores e médicos seriam capazes de examinar com um olhar mais crítico o potencial e os perigos de cada remédio para as pessoas. De seu escritório em Londres, Smith falou à Folha por telefone.

Folha - Como o sr. passou a tomar consciência da influência negativa da indústria farmacêutica sobre as publicações médicas?

Richard Smith -No começo de 2003, eu consegui dois meses de licença sabática [do "British Medical Journal"] num "palazzo" do século 15 em Veneza, onde eu estava escrevendo um livro sobre ética de publicação e revistas científicas. Foi meio que um tempo para olhar as coisas de outra perspectiva e também de ler uma batelada de coisas.

Eram coisas que eu ainda não tinha lido, e que provavelmente deveria ter lido, como o artigo que citei no meu texto. Nele, os pesquisadores examinaram todos os testes clínicos de drogas antiinflamatórias contra artrite e descobriram que não havia um só cujos resultados não fossem favoráveis à empresa patrocinadora. E isso meio que me atingiu. Eu pensei: "Minha nossa, 58 testes e nem unzinho não-favorável!".

E foi então que a ficha caiu. Logo depois disso nós publicamos um número do "BMJ" sobre médicos e companhias farmacêuticas, com uma revisão sistemática desse tipo de estudo, investigando se normalmente os patrocinadores conseguiam resultados favoráveis. E, de novo, conseguiam.

E de repente pensei: "Meu Deus! Aqui estamos nós em meio ao processo de decidir quais testes clínicos publicar, mas a realidade é que praticamente todos são favoráveis às empresas".

Não é que elas estejam mexendo nos resultados, não é fraude. Não é que elas estejam enterrando os resultados desfavoráveis, embora eu ache que isso exista. É mais o fato de que elas são espertas em relação às perguntas que fazem. Então a ficha realmente caiu enquanto eu lia aquele artigo.

Folha - Além da questão da eficácia das drogas propriamente dita, o sr. afirma que os estudos com avaliações econômicas de determinados medicamentos costumam ser ainda mais favoráveis aos fabricantes. A que eles se referem?

Smith - Eles tratam da relação custo-benefício de um remédio. Publicávamos muitos no "BMJ", não apenas com avaliações econômicas de drogas mas também de outras coisas. O significado deles é o seguinte: se você prescrever essa e essa droga -que muitas vezes são caras-, as pessoas podem dizer que não são capazes de pagar por elas. Mas as avaliações econômicas vão mostrar que há benefícios substanciais em termos de reduzir hospitalizações, ou reduzir visitas ao médico. Assim, embora seja caro prescrever a droga, o gasto final é menor.

Em tese, acredito nisso, mas aí fico preocupado ao ver que, em todo santo caso, as avaliações econômicas favorecem a empresa.

Folha - Em seu trabalho, o sr. menciona o caso de dois remédios, a risperidona [usada contra náuseas] e o odansetron [para tratar esquizofrenia], como emblemático do procedimento de "fazer as perguntas certas" da indústria. Como os testes mostram isso?

Smith - No caso da risperidona, foi um artigo publicado no "Lancet" [importante revista médica britânica], e o que ele demonstrava era o seguinte. Se você examinasse os testes clínicos, vários dos quais haviam sido publicados em revistas diferentes, a maioria demonstrava que a risperidona era bem eficaz. Mas, quando contava os pacientes daqueles testes, descobria que muitos deles tinham sido publicados mais de uma vez.

Poderia parecer que eram uns 20 testes diferentes, mas na verdade é um número muito menor, fatiado e servido de maneiras diferentes. Isso permite um monte de possibilidades. Vamos publicar um teste com todos os pacientes, vamos publicar o estudo que foi feito no Brasil numa revista brasileira, vamos pegar todos os estudos feitos na Europa e juntá-los... Então, a evidência que parece sugerir que o remédio é bom não é tão substancial assim.

No caso do odansetron, o que eles demonstraram foi, mais uma vez, essa sobreposição de pacientes. Onde havia testes com resultados positivos, eles tendiam a ser publicados mais de uma vez.

Existe um conceito conhecido como "número de pacientes necessário para tratar" uma doença -o número necessário para se conseguir um ataque do coração a menos, um derrame a menos ou seja lá o que for. No caso do odansetron, parecia haver menos pessoas ficando doentes. E, claro, quanto menor o número de pacientes necessário para tratar, melhor. E o que o estudo mostrou é que esse número é maior se você eliminar a sobreposição.

Folha - Quando estudos clínicos são publicados numa revista médica, normalmente eles são produzidos por cientistas independentes ou pelas próprias empresas?

Smith -Cada vez mais esses testes são feitos por coisas conhecidas como organizações de pesquisa por contrato, ou CROs. São empresas independentes, pagas pelas companhias farmacêuticas para fazer o teste. É cada vez mais comum elas fazerem isso, e não contatarem um grupo acadêmico.

Na verdade, a maior parte dos grupos acadêmicos vai acabar dizendo: "Bem, não é uma coisa cientificamente muito criativa de se fazer". Meu conselho para um grupo acadêmico seria: vocês nunca devem assinar um contrato no qual outras pessoas decidem sobre a publicação. Por outro lado, uma CRO iria aceitar isso.

Folha - E quanto ao chamado "ghost-writing" [no qual uma pessoa contratada escreve o artigo e outro pesquisador é convidado a assiná-lo]? É um problema significativo no momento?

Smith - Eu acho que é difícil saber quão grande é o problema, quase por definição você não sabe muito bem. Mas eu acho que pode ser bastante comum a publicação de artigos escritos por pessoas cujos nomes não aparecem. Eu não vejo realmente um problema no fato de que um profissional escreva um artigo -desde que esteja declarado. Assim como você tem um estatístico para te aconselhar na área dele, não vejo por que não possa pedir para que um escritor profissional faça o texto, desde que todo mundo seja listado como autor ou contribuinte.

O problema é quando essas pessoas não aparecem, e acho que é particularmente um problema em textos opinativos e editoriais. Um amigo meu é decano de uma faculdade de medicina aqui em Londres e, há algumas semanas, recebeu um artigo escrito por outra pessoa dizendo "você estaria disposto a colocar seu nome aqui?". Não sei o quanto isso acontece, mas acontece mesmo.

Folha - O sr. acha que há algum defeito no próprio sistema de "peer-review" [revisão por pares, na qual cientistas da mesma área que os autores de uma pesquisa dão parecer anônimo sobre ela] que favoreça essas distorções?

Smith - De fato, quando você examina o "peer-review", há uma série de problemas com ele. É lento, caro, enviesado, está sujeito a abusos, não acha erros. Fizemos um estudo no qual pegamos um artigo de 600 palavras com 38 erros e o mandamos para 400 revisores. Ninguém achou mais que cinco erros, 20% dos revisores não achou nenhum e o número médio encontrado foi apenas ligeiramente superior a dois.

Folha - Como seus colegas reagiram à proposta de uma moratória na publicação de estudos clínicos?

Smith -Acho que a maioria das pessoas considerou que era um passo radical demais. Mas acho que, da maneira que as revistas são hoje, se você tirasse os grandes testes, o valor delas cairia dramaticamente. Não apenas em termos de não conseguir vender mais as reimpressões, mas essa também é uma das principais razões que levam as pessoas a assinar as revistas.

Eu sou da escola que acredita que tudo deveria ser aberto para todo mundo e gostaria de ver os testes disponíveis numa base de dados. O papel das revistas seria descobrir quais eram realmente importantes, comentá-los, criticá-los e apresentar seus resultados a médicos e pacientes.

Fonte: Folha de São Paulo, 12/07/05

Dr. Walter falando na sexta-feira sobre repertorização.
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O Seminário foi uma oportunidade de encontro de homeopatas de todo o Estado do RJ.
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Hora do lanche...
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"Tio" Aldo falando sobre Abordagem Sistêmica.
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Berenice e Rosângela recebendo os participantes do Seminário.
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terça-feira, julho 12, 2005

Seminário de Homeopatia Contemporânea de Nova Friburgo


Nos dias 29 e 30 de abril passado realizou-se no Nova Friburgo Country Club o primeiro Seminário de Homeopatia Contemporânea de Nova Friburgo. Na sexta-feira tivemos a elucidativa palestra do Dr. Walter Soares da Cunha sobre os termos usados no Repertório, tema de um livro publicado por ele e sua falecida esposa, a Dra. Suzel, lembrada de forma emocionante e saudosa pelo palestrante. Ao final de sua palestra, o Dr. Walter distribuiu e autografou seu livro aos médicos participantes, num gesto de extrema simpatia. Eu gostaria de ressaltar a importância que foi para todos os Homeopatas de Nova Friburgo a participação do Dr. Walter, levando um bom nome de nossa cidade para todos os colegas participantes que vieram de outras cidades. Eles hoje têm uma certeza: Nova Friburgo abriga um dos grandes Homeopatas deste nosso país.

Após esta emocionante palestra, a equipe de farmacêuticas da Botica Brasil (que gentilmente patrocionou o evento, inclusive oferecendo um almoço para os participantes no sábado) mostrou aos demais colegas como é o trabalho do dia-a-dia de uma farmácia homeopática, e de forma muito clara buscaram esclarecer dúvidas técnicas dos prescritores de Homeopatia (médicos, veterinários e dentistas), para evitar problemas ao escrevermos as receitas.

Seguiu-se um coquetel de confraternização com pãezinhos e pastinhas do Superpão, que gerou elogios admirados dos colegas que não são de Nova Friburgo.

No sábado, o Dr. Aldo Farias Dias apresentou durante todo o dia seus estudos sobre Abordagem Sistêmica, um método diferente de compreender os remédios homeopáticos e os pacientes. Para a maioria era novidade, e causou um entusiasmo tão grande, que criamos um grupo de estudos que tem tido encontros semanais, chamado Hydrogenium. Os colegas Homeopatas (médicos, veterinários, dentistas e farmacêuticos) que ainda não participam e tiverem interesse em fazê-lo, por favor, enviem um e-mail em branco para hydrogenium-subscribe@yahoogrupos.com.br.

Em resumo, o Seminário foi muito agradável para todos os participantes, trouxe conhecimentos novos, e plantou uma semente de motivação no meio homeopático friburguense! Espero, assim como algumas colegas do Rio de Janeiro também manifestaram, que este seja o primeiro de muitos. Agradeço muito à Botica Homeopática por ter patrocinado não somente financeiramente (permitindo que o ingresso fosse tão barato!), mas cedendo funcionárias e toda a sua infra-estrutura antes e durante o Seminário. Acredito que demonstramos que Nova Friburgo pode ser palco de eventos homeopáticos importantes como foi o Primeiro Seminário de Homeopatia Contemporânea.


Boudhanat Stupa em Kathmandu.
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domingo, julho 10, 2005

Para onde vamos?


Esta é a nossa Terra, nem minha nem sua nem dele. Nós devemos viver nela, ajudando uns aos outros, não destruindo uns aos outros.

sexta-feira, julho 08, 2005

Comentário da Cora Rónai em novembro de 2001 sobre o meu site anterior

Filosofia de vida

Sempre que alguém deixa URL num dos Comentes aqui do blog, vou lá conferir. Às vezes encontro coisas muito interessantes. Hoje, por exemplo, descobri o site do Marcelo Guerra, um médico radicado em Friburgo que, depois de extensa formação "tradicional", digamos assim, resolveu seguir outros caminhos: estudou homeopatia e dedica-se hoje, também, à medicina oriental. Ele me pareceu muito sério, e o que escreve sobre a teoria da alimentação tibetana é fascinante. Leiam! Aqui vai um trechinho, não deste "capítulo", mas do que ele escreve antes sobre a sua formação:

"Em 1997 fui a Kathmandu, no Nepal, onde trabalhei voluntariamente no Himalayan Healing Centre, fundação assistencial mantida pelo Lama Gangchen Rimpoche. Nessa oportunidade, entrei em contato com diversos ramos da Medicina Oriental, como Medicina Ayurvedica, Medicina Tibetana, Yogaterapia ... e fiquei fascinado pelos métodos usados e resultados obtidos em muitos, milhões mesmo, de pacientes. Fiz diversos cursos lá e, desde então, estou destrinchando os detalhes nas dezenas de livros que comprei (não sou rico, os livros no Nepal e na Índia são baratos demais!), e tiro as dúvidas (que não são poucas) com os meus professores de lá."

Menina orando diante de uma imagem de Ganesh, filho de Shiva, um dos Deuses Hindus. Eu adoro esta foto, mostra bem a religiosidade do povo no Nepal. As pessoas oravam antes e depois do trabalho e dos estudos em templos e pequenos santuários como esse, que ficam sempre cheios, em qualquer dia da semana. A religiosidade é muito presente na vida deles.
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Vendedores de rua em Kathmandu
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Fim de tarde em Kathmandu
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Kathmandu
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