sábado, abril 29, 2006

Movimento Livro Livre


Sabe aquele livro que está pegando poeira na sua estante e você nunca mais vai ler? Deixe-o em algum lugar público para que alguém o encontre e leia. Esta é a idéia do Movimento Livro Livre.

quinta-feira, abril 27, 2006

Cientistas dizem ter provas da eficácia da acupuntura



Londres - Cientistas da University College London e da Southampton University disseram ter provas de que a acupuntura realmente funciona. Céticos sempre disseram que o qualquer benefício com o uso da técnica, que tem origem na medicina chinesa tradicional, decorre da esperança que o paciente tem em relação ao tratamento.

Os pesquisadores fizeram diversos testes e escanearam os cérebros de voluntários. O resultado do trabalho foi publicado no jornal especializado NeuroImage. Eles usaram tomografia por emissão de posítrons (PET, na sigla em inglês) para ver o que acontece nos cérebros das pessoas que se submetem a tratamento com acupuntura para aliviar a dor causada por artrite.

Cada um dos 14 voluntários se submeteu a três intervenções, numa ordem aleatória. Em uma das intervenções, pacientes foram tocados com agulhas grossas, mas sabiam que não teriam a pele perfurada e que a experiência não teria valor terapêutico.

Outra intervenção envolveu um tratamento com agulhas especialmente desenvolvidas para dar a impressão de que a pele estava sendo penetrada, embora isso não tenha realmente ocorrido. As pontas dessas agulhas desaparecem dentro do corpo da agulha quando pressionadas.

A terceira intervenção era realmente acupuntura. Quando os pesquisadores analisaram o resultado da PET, descobriram diferenças marcantes entre as três situações. Apenas as áreas do cérebro associadas com a sensação de toque foram ativadas quando os voluntários eram tocados com agulhas grossas.

No caso das agulhas cujas pontas desapareciam, uma área do cérebro associada com a produção de opiáceos naturais - substâncias que aliviam a dor - foi ativada. A mesma área foi ativada com a acupuntura de verdade, mas, além disso, outra região do cérebro, a insular, foi estimulada pelo tratamento.

Essa região já era conhecida por estar associada à acupuntura e porque, acredita-se, está envolvida na modulação da dor.

Sarah Williams, do Conselho de Acupuntura Britânico, disse: "É uma notícia muito positiva para a acupuntura, e essa pesquisa é uma excelente ilustração do que os acupunturistas já sabiam há muito tempo".

Já o Henry McQuay, professor de alívio da dor na Universidade de Oxford, expressou algumas reservas. "Algumas pessoas relatam que a acupuntura as faz se sentirem melhor. Mas é extremamente difícil, tecnicamente, estudar acupuntura e separar o efeito placebo", disse.

sexta-feira, abril 21, 2006

Artigo do Dr. Marcus Zulian Teixeira sobre estudos científicos em torno da Homeopatia

Pelo espaço ímpar que a Revista Diagnóstico &
Tratamento tem proporcionado à publicação
de artigos sobre homeopatia e acupuntura, venho através
desta carta discorrer sobre alguns artigos publicados
recentemente no periódico The Lancet, que questionam a
eficácia clínica da homeopatia.
A título de esclarecimento, importa citar que a homeopatia,
em seu contexto epistemológico, se fundamenta em
princípios distintos da medicina convencional: aplicação do
princípio de cura pela similitude, empregando doses infinitesimais
de substâncias que, ao terem sido experimentadas
previamente em pessoas sadias, apresentaram sintomas semelhantes
aos do indivíduo doente. Na aplicação terapêutica
desses pressupostos, valoriza a individualidade humana,
elegendo, dentre os milhares de substâncias experimentadas,
aquela que englobe a “totalidade de sintomas característicos
de cada paciente” (nos aspectos psíquicos, emocionais, gerais
e clínicos), empregando, para um mesmo tipo de doença,
medicamentos distintos para cada indivíduo enfermo.
Trabalhos desenvolvidos nas últimas décadas nas
áreas da pesquisa básica e da pesquisa clínica têm procurado
fundamentar cientificamente os pressupostos e
a prática clínica homeopática1 e, apesar do princípio de
cura homeopático pela similitude (paradoxical strategy
for treating chronic diseases) vir despertando interesses e
debates crescentes na racionalidade médica contemporânea,
2-5 causa estranheza ao pensamento cartesiano o
fato de as ultradiluições homeopáticas (em concentrações
inferiores ao número de Avogadro) produzirem sintomas
em organismos vivos, fazendo com que se comparem os
efeitos “inexplicáveis” ou “implausíveis” do tratamento
homeopático ao “efeito placebo”.
Alegando o intuito explícito de estudar a relação
dos efeitos clínicos do tratamento homeopático com oefeito placebo, acaba de ser publicado no The Lancet um
estudo comparativo entre ensaios clínicos homeopáticos
e alopáticos placebo-controlados.6 Pareando 110 ensaios
homeopáticos com 110 ensaios alopáticos, segundo as
mesmas doenças e os mesmos tipos de resultados (efeitos
específicos), os autores classificaram os estudos segundo
critérios de qualidade metodológica clássicos (número
de participantes envolvidos, método de randomização,
aplicação do método duplo-cego, tipo de publicação,
cálculo do odds ratio etc.), utilizando a meta-regressão
como método de análise estatística, avaliando como os
vícios ou erros sistemáticos (vieses) na condução e na
descrição dos estudos poderiam interferir na interpretação
final dos resultados.
Numa primeira análise geral de todos os ensaios clínicos
levantados, a maioria de baixa qualidade metodológica segundo
os critérios anteriormente citados, os autores observaram que
tanto a homeopatia como a alopatia mostraram-se efetivas
perante o placebo. Entretanto, quando os erros sistemáticos
foram valorizados, selecionando para análise apenas os “estudos
de maior qualidade metodológica clássica”, segundo o
critério de número de participantes envolvidos (oito ensaios
clínicos homeopáticos versus seis ensaios clínicos convencionais),
os resultados mostraram fraca evidência para um efeito
específico dos medicamentos homeopáticos (odds ratio, OR
= 0,88; 95% intervalo de confiança, CI = 0,65-1,19) e forte
evidência para efeitos específicos de intervenções convencionais
(OR = 0,58; 95% CI = 0,39-0,85). Partindo da premissa
que os efeitos específicos das ultradiluições homeopáticas
são “implausíveis”, pela dificuldade de explicá-los segundo
os parâmetros da pesquisa farmacológica dose-dependente,
os autores e comentaristas do trabalho concluíram que os
efeitos clínicos da homeopatia são efeitos placebo:
“We question the results of a randomised trial of homoeopathy
because we know that pharmacological action of infinite
dilutions is highly implausible. This reasoning is also the explicit
starting point of Shang and colleagues and their analyses only
gain meaning because of that background”.7
Como rege a epidemiologia clínica, nos estudos
que visam comparar a eficácia de racionalidades médicas
distintas como a homeopatia e a alopatia, os critérios
de qualidade metodológica específicos a cada modelo
devem constar como premissas fundamentais na sua
descrição e condução, a fim de que se reproduza, na
pesquisa, a realidade clínica. Dessa forma, os ensaios
clínicos homeopáticos deveriam priorizar como “critérios
de alta qualidade metodológica” as seguintes premissas:
individualização na escolha do medicamento (segundo a totalidade de sintomas característicos), das doses e das
potências homeopáticas; período de acompanhamento
suficiente para ajustar o medicamento à complexidade da
individualidade enferma; avaliação da resposta global e
dinâmica ao tratamento com a aplicação de questionários
de qualidade de vida (e não apenas o desaparecimento
momentâneo de um ou outro sintoma) etc.8,9
Na metanálise recém-publicada, esses “critérios
homeopáticos de alta qualidade metodológica” não foram
valorizados, pois apenas 16% dos ensaios clínicos
homeopáticos selecionados inicialmente (e nenhum dos
oito estudos de melhor qualidade metodológica clássica)
respeitavam a “individualização na escolha do medicamento”,
constituindo um viés ou erro sistemático de
grande magnitude para o modelo homeopático. A grande
maioria dos ensaios clínicos homeopáticos selecionados
apresentava desenhos impróprios à “clínica da individualidade”,
empregando um mesmo medicamento (44%) ou
uma mesma mistura de medicamentos (32%) para uma
queixa clínica comum a todos os pacientes.
Buscando descaracterizar a premissa da individualização
do medicamento (que requer estudos clínicos com
longo tempo de acompanhamento dos pacientes), reiterada
como “padrão ouro” ou “estado-da-arte” da epidemiologia
clínica homeopática em revisão sistemática sobre o tema,10
os autores da recente metanálise admitem que “avaliaram
esses pontos com análise adicional dos dados e não encontraram
forte evidência que confirmasse essas hipóteses”:*6
“não encontraram forte evidência” é diferente de “havia
uma fraca evidência”**, citado na conclusão final.
Tudo indica que esse artigo,6 enviesado segundo
as premissas do modelo homeopático, assim como o
editorial (The end of homoeopathy11) e outras duas matérias
críticas publicadas na mesma edição do The Lancet7,12,
apresentam o intuito implícito de desacreditar a homeopatia
cientificamente, em vista de a Organização
Mundial de Saúde (OMS) estar em vias de publicar um
dossiê completo sobre os trabalhos de pesquisa em homeopatia
desenvolvidos nas últimas décadas, que conclui
favoravelmente em prol da homeopatia.12
O interesse da população pela homeopatia vem
crescendo em todo o mundo, despertando as mais variadas
reações na classe médica,13,14 que espera respostas de pesquisadores
imparciais aos diversos questionamentos que
permeiam essa prática médica bissecular. Considerando
os pressupostos fundamentais a cada modelo, devemos
exercitar a criatividade na busca de modelos de pesquisa
clínica que reconciliem o paradigma científico dominante com o paradigma científico homeopático, suplantando
a cristalização dogmática que limita os horizontes do
conhecimento humano (“A razoabilidade da entrada de
um dado depende de quanto ele seja apoiado pelo fato
em questão e pelo conhecimento existente”***).7
Podemos dizer que a predição apocalíptica do
editorial do The Lancet (The end of homoeopathy11), segundo
as mesmas palavras dos editores, relaciona-se
ao fato de que “we see things not as they are, but as
we are”.

Marcus Zulian Teixeira. Médico homeopata e doutorando do Departamento de Clínica Médica
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

quinta-feira, abril 20, 2006

HOMEOPATIA COMO ARTE

HOMEOPATIA COMO ARTE: "Dra. Maria Leonora Veras de Mello"
Excelente texto da minha amiga Dra. Maria Leonora Veras de Mello, veterinária homeopata.

Oração

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Casamento infeliz pode afetar saúde de idosos, diz estudo

da BBC Brasil

Um casamento conturbado pode acelerar o declínio de saúde que aparece naturalmente com a idade, segundo um estudo norte-americano.

Segundo a médica Debra Umberson, uma das responsáveis pela pesquisa, este é o primeiro trabalho que trata dos efeitos que problemas no casamento podem ter sobre a saúde com a chegada da idade.

Umberson, que chefia o departamento de Sociologia da Universidade de Texas-Austin, disse que há várias razões pelas quais pessoas mais velhas podem ser afetadas por questões no casamento.

Folha Online - Enquetes - Um casamento infeliz pode prejudicar a saúde?

Folha Online - Enquetes - Um casamento infeliz pode prejudicar a saúde?
Participe desta enquete da Folha de São Paulo. Me parece tão óbvio...

Símbolos caros ao nepaleses

 
A bandeira do Nepal e o tridente de Shiva. Posted by Picasa

Área bem no centro de Kathmandu

 
Alguém parece preocupado aí? A ganância deste atual rei do Nepal, que destronou o rei Birendra, acabou com tudo isso. Posted by Picasa

Encantadores de serpentes no pátio do Templo de Pashupatinath

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Velas para Buda

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Fiéis em frente à Stupa de Boudhanath

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Cremação no templo de Pashupatinath

 
Este é o maior templo dedicado a Shiva, um Deus hindu, em todo o mundo. No aniversário de Shiva, em março, peregrinos de todo o mundo, mas principalmente da Índia, vão para Kathmandu, para visitar este templo. Eles chegam de ônibus, carro, moto, bicicleta, carroça, a pé. Alguns peregrinos caminham 8 meses para chegar ao templo, como uma forma de promessa. É uma festa muito popular entre os hindus, mais ou menos como o Natal para nós, mas o sentido religioso é pleno, não houve o desvirtuamento das nossas festas religiosas, que viraram oportunidades comerciais. Posted by Picasa

Stupa de Boudhanat

 
Repare nos olhos de Buda, no alto, eles estão pintados nas 4 direções cardeais, cuidando dos 4 cantos do mundo. Posted by Picasa

Rodas de mantra

 
Nos templos budistas essas rodas são encontradas do lado de fora, e elas têm gravadas orações nelas, e os fiéis vão passando e rodando todas elas , espalhando essas orações por todo o mundo. Mostra também a importância do movimento, que tudo é dinâmico. Posted by Picasa

quarta-feira, abril 19, 2006

Pôr-do-sol em Kathmandu

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Parte histórica de Kathmandu

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Cena rural em Pokhara

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Vida rural em Pokhara

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Lago Pokhara, um dos mais lindos do Nepal, aos pés do Himalaia

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one red paperclip

one red paperclip Quer trocar um clipe por uma casa?

Coisas e Pessoas

"Se coisas são para serem usadas e pessoas amadas, pra que amarmos coisas e usarmos pessoas?"
anônimo

Do diagnóstico ao caminho para gerenciar a melhora do paciente

"Quanto menos tempo o médico passa com seus pacientes, mais exames ele solicita e alguém lucra. Com certeza não é nem o médico nem o paciente."

...O paciente, órfão de orientação adequada, acredita piamente na mídia (rádio, tv, revistas semanais, jornais, etc) e às vezes chega no consultório do médico com diagnóstico feito e pedidos de exames solicitados (por ele mesmo) e geralmente querendo utilizar o aparelho de última geração que apareceu no Fantástico, domingo à noite.

A homeopatia é diferente. É paciente centrada. O médico não “cura” o paciente. Ele co-participa do processo de cura de seu parceiro que está doente. Muito mais do que um especialista que diz ao paciente o que deve ou não deve fazer, o médico homeopata é um consultor de saúde que diagnostica através dos sintomas do doente um caminho para gerenciar sua melhora.

Dr. Heidwaldo A. Seleghini - Presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira (1998/2002) - São José do Rio Preto-SP

Biográfico ou Terapia Biográfica


TOMAR A VIDA NAS PRÓPRIAS MÃOS
Biográfico é uma revisão da própria biografia em busca das forças internas que são necessárias para tomar a vida nas mãos. Baseando-se nos ensinamentos da Antroposofia surgiu uma abordagem da biografia humana considerando-a como uma fonte inesgotável de forças favoráveis ao autodesenvolvimento e à cura. O trabalho biográfico é uma ajuda para todos os que querem aprofundar seu autoconhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolver interesse e compreensão por outras pessoas e suas situações de vida. Nele, são ressaltados os lados luminosos e sombrios em cada biografia, tornando-os conscientes e permitindo às pessoas integrá-los em sua própria biografia, reconhecendo o real valor desses acontecimentos. Isso é conseguido através de relatos e exemplos extraídos de situações concretas da vida.
MODALIDADES
Existem duas modalidades deste trabalho biográfico que tem sido procurado em todo o mundo por todos que desejam uma relação mais rica e profunda consigo mesmos, com os outros e com a vida em sua totalidade:
• Biográfico de Grupo
• Aconselhamento ou Terapia Biográfica Individual
BIOGRÁFICO DE GRUPO
O Biográfico de grupo foi estruturado pelo casal Daniel e Gudrun Burkhard, respectivamente consultor organizacional e médica antroposóficos. O trabalho com a biografia é associado com uma revitalização que, através do auxílio de terapias corporais e atividades artísticas, leva o indivíduo a recuperar o ânimo, a vitalidade, e alegria de viver. O participante sai do programa com ferramentas criativas para trabalhar suas metas, enfrentar suas dificuldades e entender suas crises como oportunidades de desenvolvimento.

BIOGRÁFICO INDIVIDUAL
O Aconselhamento Biográfico Individual é indicado para adultos, quando o ser humano já tem condição de realizar uma avaliação mais objetiva de seus talentos e inclinações.
O grande agente do processo é a própria pessoa, que a partir do trabalho Biográfico adquire uma visão panorâmica da própria vida, entendendo melhor suas crises de desenvolvimento e ampliando sua visão do todo. Através de um olhar objetivo para seu passado e um reconhecimento das oportunidades e otimização do seu momento presente, a pessoa pode olhar para seu futuro e estabelecer metas que lhe permitam, em liberdade, tomar seu destino nas próprias mãos.
OBJETIVOS
A proposta de ambas as modalidades é desenvolver no indivíduo, a partir da mobilização das forças do seu Eu, capacidades adormecidas, maior compreensão e visão da sua própria essência e, conseqüentemente, confiança na vida frente aos acontecimentos da nossa época.

Bem Vindos



O quê e onde estudei:

Este é o meu novo blog, sou médico radicado em Nova Friburgo (RJ), trabalhando com Medicina Homeopática, Acupuntura Médica e Psicoterapia.

Natural de São Gonçalo (RJ), nasci em 1965, estudei no Colégio Municipal Presidente Castello
Branco até a oitava série. Fiz o Ensino Médio (no meu tempo chamava-se Segundo Grau) em Niterói, no Instituto Gay-Lussac. Passei no Vestibular para Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde estudei até 1989.

Em 1987, ainda durante a Faculdade, entrei para a Escola de Psicanálise de Niterói (já destruída por sucessivas dissidências), onde participei do curso de formação de Psicanalistas por 2 anos.

Após graduar-me como médico, porém, decidi trabalhar como Pediatra (especialidade em que fiz internato), abandonando a prática de Psicanalista. Devo a meus estudos em Psicanálise a capacidade de ouvir os pacientes de forma a reconhecer o que necessita ser tratado em cada caso.

Em 1993 fui aprovado no Concurso para Título de Especialista em Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria, tornando-me Especialista em Pediatria.

Em 1990 comecei o Curso de Especialização em Homeopatia da Sociedade de Homeopatia do Estado do Rio de Janeiro (SOHERJ), mas, após 1 ano, resolvi mudar para o curso do Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB), a mais tradicional escola de Homeopatia do país, fundada há mais de 100 anos, onde concluí em 1993.

Em 1997 fui a Kathmandu, no Nepal, onde trabalhei voluntariamente no Himalayan Healing Centre, fundação assistencial mantida pelo Lama Gangchen Rimpoche. Nessa oportunidade, entrei em contato com diversos ramos da Medicina Oriental, como Medicina Ayurvedica, Medicina Tibetana, Yogaterapia, ... e fiquei fascinado pelos métodos usados e resultados obtidos em muitos, milhões mesmo, de pacientes. Fiz diversos cursos lá e, desde então, estou destrinchando os detalhes nas dezenas de livros que comprei lá (não sou rico, os livros lá no Nepal e na Índia são baratos demais!), tiro as dúvidas (que não são poucas) com os meus professores de lá (Dr. Rajesh e Dr. Koiralla).

Em 1998 comecei a Pós-Graduação em Acupuntura e Eletroacupuntura na ABACO (Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental), no Rio de Janeiro, tendo concluído em agosto de 2000.

Em 2000, participei de um curso de introdução à Antroposofia, promovido pelo GAIA - RJ(Grupo de Iniciativas Antroposóficas do Rio de Janeiro).

A partir de 2000 comecei a participar do workshop do GEHSH (Grupo de Estudos Homeopáticos Samuel Hahnemann), no Rio de Janeiro, sob a coordenação do "Tio" Aldo Farias Dias, um Mestre no sentido mais amplo da palavra! E lá continuo estudando até hoje...

Em 2005, trouxemos o "Tio" Aldo para um Seminário em Nova Friburgo, e isso gerou um grupo, que batizamos de Hydrogenium, pelo desejo de ser um com o todo, e estamos reestudando os medicamentos homeopáticos pela Abordagem Sistêmica e fazendo patogenesias.

Em 2005 comecei a participar de um curso de Formação em Terapia Biográfica, promovido pelo Núcleo de Formação Biográfica de Minas Gerais, sob a coordenação das professoras Angélica Justo e Berenice von Rückert.

terça-feira, abril 18, 2006

O que é a FELICIDADE para Bruno Bettelheim



Para encontrar um significado mais profundo, devemos ser capazes de transcender os limites estreitos de uma existência auto-centrada e acreditar que daremos uma contribuição significativa para a vida - senão imediatamente agora, pelo menos em algum tempo futuro. Este sentimento é necessário para uma pessoa estar satisfeita consigo mesma e com o que está fazendo. Para não ficar à mercê dos acasos da vida, devemos desenvolver nossos recursos interiores, de modo que nossas emoções, imaginação e intelecto se ajudem e se enriqueçam mutuamente. Nossos sentimentos positivos dão-nos força para desenvolver nossa racionalidade; só a esperança no futuro pode sustentar-nos nas adversidades que encontramos inevitavelmente.

Eldorado dos Carajás - 10 anos de massacre

Edições Diárias

A Pedagogia Social

Lex Bos, fundador da Pedagogia Social
A Pedagogia Social é um ramo da Antroposofia que comunga dessas idéias e maneiras de enxergar o mundo.
"Pedagogia Social significa lidar de tal forma conosco mesmos, com seres humanos e com perguntas, que o nosso próprio agir possibilite um sadio desenvolvimento de outras pessoas e das condições sociais." Estas palavras do consultor e escritor holandês Alexander (Lex) Bos definem uma matéria que tem motivado, nas últimas décadas, importantes iniciativas sociais de inspiração antroposófica. Fundamentada no conceito da trimembração do organismo social elaborado por Rudolf Steiner, a Pedagogia Social inclui temas como a sociedade humana e suas áreas, o papel do dinheiro, o significado do trabalho, colaboração e conflito, filosofia organizacional, etc.

Leia abaixo um artigo sobre Ecologia Social:

ECOLOGIA SOCIAL o produto da PEDAGOGIA SOCIAL

*Hermanus J Meijerink



A palavra Ecologia vem do Grego oikos (casa) e logos (palavra, sabedoria); é a sabedoria de cuidar da casa. É uma palavra relativamente nova porque somente a partir dos anos 60 a consciência da necessidade de cuidar melhor da nossa casa se tornou mais forte.



Cuidar da nossa casa é cuidar do ambiente em que vivemos, que vai do mais restrito – a nossa própria casa, o bairro, comunidade – até o mais amplo – o país, o continente e o mundo. O avanço tecnológico das últimas décadas no campo da comunicação (TV, internet) e a interdependência mundial na economia fizeram do planeta terra uma “aldeia global”, termo lançado por Marshall McLuhan há mais de duas décadas. Hoje em dia sabemos que temos “só uma terra”, que possui apenas uma película muito fina de vida, a biosfera, formando um sistema integrado, ameaçado pela atuação do ser humano. Mesmo que esta ameaça continue existindo, a consciência ecológica está presente no mundo inteiro; Ecologia virou matéria obrigatória em escolas e universidades e as ações de grupos ambientalistas são universalmente reconhecidas e apoiadas.



A questão da ecologia tem a ver com a história da emancipação do ser humano. O surgimento da ciência a partir do século 15 (Galileo, Newton) foi possível, porque o ser humano pôde se colocar frente ao mundo externo, e considerar a terra como objeto a ser analisada, entendida, subjugada e explorada. Graças a este passo na emancipação, as ciências se desenvolveram e a tecnologia fez avanços cada vez maiores. Porém, esta é uma consciência física que superou a consciência da vida, pondo em risco a ‘casa’, o ambiente em que vivemos.



Assim como os nossos pais e avós tinham uma consciência tênue da ecologia ambiental, assim nós temos ainda uma consciência incipiente de uma outra ecologia, a ecologia social, a sabedoria de cuidar da nossa ‘casa’ na sociosfera: o desenvolvimento do equilíbrio auto sustentável na interação entre as pessoas, do mais restrito até o mais amplo: indivíduo, grupos, iniciativas, organizações, sociedade até a ‘aldeia global’. Na nossa vida, no nosso trabalho a dificuldade de conviver e trabalhar juntos se expressa na forma de atritos e conflitos. A mídia nos traz diariamente imagens de guerra, ódio, fanatismo, exploração, abuso de poder, criminalidade e diferenças sociais. Nos sentimos impotentes tanto no micro como no macro social. Lex Bos, no seu livro “Nada a ver comigo”, mostra como os dois estão interrelacionados e como o desenvolvimento social depende do desenvolvimento de cada indivíduo.



A Ecologia Social começa com o desenvolvimento de uma compreensão apropriada da vida e dos processos de desenvolvimento. “Quem quer atuar na vida, deve primeiro conhecer suas leis” diz Rudolf Steiner.



Durante séculos o sistema social era fortemente determinado pela tradição, religião, relações de família, padrões hierárquicos. Pelo processo de emancipação o ser humano quebrou com estes fatores externos. De onde ele encontra agora as forças que o permitem construir a partir de si o novo social? Para isto é necessário que surja uma nova consciência, uma nova maneira de pensar, que vai além do pensar mecanicista e orgânico e que inclui o pensar social.



O foco da Ecologia Social é a qualidade social, que resulta da interação entre o indivíduo, grupos, instituições e o seu ambiente social como base para desenvolvimento social. Portanto, a pergunta central é: quais condições precisam ser criadas a cada nível (indivíduo, grupo e instituições) para que possam participar e contribuir de forma saudável para o desenvolvimento do todo (o ambiente social) e, de outro lado, quais condições devem ser criadas a nível do todo, para que se torne possível o desenvolvimento saudável de cada parte.



Esta é a tarefa do ser humano para os dias de hoje: desenvolver a partir de si e em liberdade as forças internas que levem a uma vida social sustentável. Este é o papel da Pedagogia Social de base antroposófica, desenvolvida por Bernard Lievegoed e trazida para o Brasil por Lex Bos. A sua contribuição não está só nos conceitos de desenvolvimento de homem e de mundo, mas também na sua aplicação prática para nossa vida: com o outro, no grupo, nas iniciativas e organizações ou na sociedade. Porque Pedagogia Social é lidar consigo, com o outro e com as perguntas de tal forma que o seu agir possa contribuir para o saudável desenvolvimento das condições sociais.



Assim a Pedagogia Social é o processo, cujo resultado é a Ecologia Social.



* Consultor do Núcleo Maturi - Ecologia Social de São Paulo e membro da Associação da Pedagogia Social de Base Antroposófica no Brasil

Competição ou cooperação?


Leonardo Boff num artigo sobre o mesmo tema expressa idéias muito semelhantes. Aliás, a trajetória de Leonardo Boff mostra similaridades com a do Dalai Lama, com o seu "exílio" da Igreja Católica, e sua visão universalista e fraterna dos povos e religiões.

2004-07-09
Há um fato que faz pensar: a crescente violência em todos os âmbitos do mundo e da sociedade. Mas há um que é perturbador: a exaltação aberta da violência não poupando sequer o universo do entretenimento infantil.

Chegamos a um ponto culminante com a construção do princípio da auto-destruição. Por que chegamos a isso? Seguramente são múltiplas as causalidades estruturais e não podemos ser simplistas neste campo. Mas há uma estrutura, erigida em princípio, que explica em grande parte a atmosfera geral de violência: a competitividade ou a concorrência sem limites.

Ela vigora primariamente no campo da economia capitalista de mercado. Comparece como o motor secreto de todo o sistema de produção e consumo. Quem for mais apto (forte) na concorrência quanto aos preços, às facilidades de pagamento, à variedade e à qualidade, este vence. A competitividade opera implacável darwinismo social: seleciona os mais fortes. Estes, diz-se, merecem sobreviver, pois dinamizam a economia. Os mais fracos são peso morto, por isso são incorporados ou eliminados. Essa é a lógica feroz.

A competitividade invadiu praticamente todos os espaços: as nações, as regiões, as escolas, os esportes, as igrejas e as famílias. Para ser eficaz, a competitividade deve ser agressiva. Quem consegue atrair mais e dar mais vantagens? Não é de se admirar que tudo passa a ser oportunidade de ganho e se transformou em mercadoria, do eletrodoméstico à religião. Os espaços pessoais e sociais que têm valor mas que não têm preço como a gratuidade, a cooperação, a amizade, o amor, a compaixão e a devoção, ficam cada vez mais acantonados. Mas estes são os lugares onde respiramos humanamente, longe do jogo dos interesses. Seu enfraquecimento nos faz anêmicos e nos desumaniza.

Na medida em que prevalece sobre outros valores, a competitividade provoca mais e mais tensões, conflitos e violências. Ninguém aceita perder nem ser engolido pelo outro. Luta defendendo-se e atacando. Ocorre que após a derrocada do socialismo real, com a homogeneização do espaço econômico de cunho capitalista, acompanhada pela cultura política neoliberal, privatista e individualista, os dinamismos da concorrência foram levados ao extremo. Em conseqüência, os conflitos recrudesceram e a vontade de fazer guerra não foi refreada. A potência hegemônica, os EUA, são campeões em competitividade, usando todos os meios, inclusive armas para sempre triunfar sobre os outros.

Como romper esta lógica férrea? Resgatando e dando centralidade àquilo que outrora nos fez dar o salto da animalidade à humanidade. O que nos fez deixar para trás a animalidade foi o princípio de cooperação e de cuidado. Nossos ancestrais antropóides saiam em busca de alimento. Ao invés de cada qual comer sozinho como os animais, traziam ao grupo e repartiam solidariamente entre si. Dai nasceu a cooperação, a socialidadade e a linguagem. Por este gesto inauguramos a espécie humana. Face aos mais fracos, ao invés de entregá-los à seleção natural, inventamos o cuidado e a compaixão para mentê- los vivos entre nós.

Hoje como outrora são os valores ligados à cooperação, ao cuidado e à compaixão que limitarão a voracidade da concorrência, desarmarão os mecanismos do ódio e darão rosto humano e civilizado à fase planetária da humanidade. Importa começar já agora para que não seja tarde demais.

Leia o prefácio de Dalai Lama para o livro "Compaixão ou Competição"

"Há muito tempo advogo a necessidade de valores éticos ou espirituais na política e na economia mundiais. A fim de tornarmos este mundo um lugar melhor, mais humano e mais seguro, precisamos nos dar conta de quão interdependentes somos, e, conseqüentemente, de como é necessário que nos responsabilizemos uns pelos outros. Nos dias atuais, a globalização e os avanços na tecnologia da comunicação tornaram nosso mundo muito menor. Esta particularidade também se aplica aos líderes do campo dos negócios, cujas ações afetam a vida de muita gente --a vida dos seus funcionários e a dos consumidores.

"Pessoalmente, não creio que seja necessário ser uma pessoa religiosa ou espiritualizada para perceber essa realidade e agir de acordo com ela. No entanto, todas as religiões do mundo têm em comum uma ênfase no desenvolvimento de qualidades tais como a ética, a tolerância e a compaixão. Há quem acredite que dentro da atividade econômica não haja muita necessidade de atitudes éticas como essas. Discordo totalmente. A qualidade de nossas ações depende de nossa motivação. Na economia e nos negócios, como em outros campos da atividade humana, se você tem boa motivação e busca contribuir para uma sociedade humana melhor, será um empreendedor ou um economista de caráter bom e honesto.

"De maneira geral, devemos adotar medidas imediatas para criar códigos éticos no mundo dos negócios e das finanças. Por exemplo, a degradação global do ambiente natural e do clima ameaça a própria vida. Também é preciso lembrar que a economia é responsável pela criação de um abismo inaceitável entre ricos e pobres, tanto entre nações quanto entre diferentes setores da sociedade dentro de cada nação. Se continuarmos por este caminho, a situação poderá tornar-se irreparável. A diferença escancarada entre os que "têm" e os que "não têm" criará muito sofrimento para todos, inclusive para o próprio mundo financeiro. Portanto, ampliemos nossa perspectiva a fim de incluir o bem-estar do mundo inteiro e das suas futuras gerações em nossa visão de economia e de negócios.

"No plano pessoal, quem pratica a tolerância e a compaixão descobre imediatamente que essas qualidades levam à felicidade. Há muitos métodos, alguns deles religiosos e outros que derivam daquilo que considero como valores humanos fundamentais, que você pode utilizar para desenvolver essas qualidades e tornar-se uma pessoa melhor e, naturalmente, vir a ser também uma pessoa do mundo dos negócios melhor e mais eficiente. Não existe máquina que produza paz interior, nem loja que a venda. Não importa quão rico seja, não há como comprá-la. É algo que tem de vir de dentro, por meio da prática mental.

"Estou feliz que a missão do Spirit in Business "Espiritualidade nos Negócios" seja lidar com todas essas questões. São de fato grandes questões. Acredito que nos depararemos com a resposta se tomarmos como base a consciência: devemos nos encontrar e discutir esses pontos com mais freqüência e assim, gradualmente, criar soluções. Creio que o "Spirit in Business" oferece uma excelente oportunidade para isso e aguardo ansiosamente para ouvir que medidas práticas vocês concordarão em tomar."

Entrevista com o Dalai Lama


O Dalai Lama vem ao Brasil para 3 conferências em São Paulo. Abaixo, uma entrevista concedida à revista Época.

Entrevista- 'Não! Eu não sou Buda!'

Ivan Padilla, de Dharamsala



O Dalai Lama diz que, se a ciência provar que a reencarnação não é possível, os budistas aceitarão

O Dalai Lama ajeita o gravador no braço da cadeira, mais próximo de sua boca. Presta muita atenção às perguntas, começa a respondê-las em inglês, mas quase sempre desiste no final e acaba falando em tibetano. Um tradutor termina o serviço. No salão de audiências de sua residência, em Dharamsala, o maior líder do budismo falou a ÉPOCA.

ÉPOCA - O que um monge tibetano tem a dizer a um europeu, um americano, um brasileiro?
Dalai - Aonde quer que eu vá, onde quer que eu encontre as pessoas, falo sobre um assunto: todos queremos a felicidade. Uma vida feliz não depende somente do dinheiro ou da prosperidade material, mas sim do nosso pensamento. Tenho alguns amigos muito ricos, bilionários, mas como pessoas são muito infelizes, não têm paz interior. Estão sempre preocupados, preocupados, preocupados. E algumas pessoas muito pobres, com facilidades materiais muito limitadas, são, entretanto, pessoas muito felizes. Isso significa que a felicidade depende muito da atitude mental.

ÉPOCA - Somente da atitude mental?
Dalai - A felicidade e a paz interior dependem muito do calor do coração. A educação e a inteligência são muito importantes, mas esses fatores muitas vezes se tornam destrutivos e nos trazem mais preocupação, mais medo. Quando nascemos, precisamos de leite, contato físico materno e afeto materno. Sem isso não podemos sobreviver. Essa é a base da nossa sobrevivência e do nosso crescimento. Esses são os verdadeiros valores humanos.

ÉPOCA - Os valores humanos são diferentes para os ocidentais e os orientais?
Dalai - Não! Eles são universais! Ricos ou pobres, educados ou não, do Leste ou do Oeste, negros, brancos ou amarelos.

ÉPOCA - Mas os ocidentais e os orientais não valorizam coisas diferentes?
Dalai - Depois que crescemos. Daí é que passamos a considerar algumas coisas importantes: a riqueza ou a pobreza, ter instrução ou não. Isso é secundário. O mais importante são os valores humanos básicos. Freqüentemente consideramos de importância secundária os valores básicos. Por isso, enfrentamos a infelicidade e os problemas. Com motivação sincera, com compaixão e motivação, nosso comportamento se torna mais realista, mais positivo, e como resultado nossa vida fica mais feliz. Se há compaixão, há tolerância, satisfação, abertura, consciência profunda, capacidade de perdoar.

ÉPOCA - Não é difícil para pessoas que sofreram tanto com o desterro quanto vocês, tibetanos, ainda acreditar em valores humanos?
Dalai - Não. Em qualquer país, as pessoas das grandes cidades estão sempre muito ocupadas, há muita competição. Essa competição leva a uma sensação de solidão, gera muito egoísmo. As pessoas das grandes cidades têm menos compaixão. As pessoas das áreas rurais, das fazendas, das pequenas cidades têm mais senso de comunidade, a compaixão é mais forte. As pessoas são mais humanas, enquanto nas grandes cidades elas se tornam robôs.

ÉPOCA - Perguntei sobre os tibetanos porque vocês perderam parentes e amigos com a repressão chinesa. Não é difícil para vocês continuar a acreditar em valores humanos?
Dalai - A juventude que nasceu no Tibete tem uma atitude mais agressiva, pois cresceu em uma atmosfera de medo, de constante ameaça. Mas os tibetanos que moram na Índia são uma comunidade que ainda tem seus valores originais mais fortes. Eles podem falar mal a língua tibetana, mas a atmosfera aqui é mais parecida com a tibetana tradicional. Eles são mais gentis, têm mais compaixão.

ÉPOCA - O senhor defende a interação entre religião e ciência. Por que isso é importante?
Dalai - Alguns amigos já me disseram que a ciência é assassina da religião e me recomendaram que tivesse cuidado no trato com cientistas. Mas um dos princípios budistas é analisar, investigar. Se alguma descoberta vai contra nossas escrituras, temos a liberdade de ter uma interpretação diferente (das escrituras) ou de descartá-la. Também há o campo da psicologia. A psicologia budista parece mais avançada que a ocidental, pois está relacionada com as emoções. Meu interesse pelas ciências só cresce. Há cinco anos introduzimos estudo de ciências básicas para os monges.

ÉPOCA - Quais ciências?
Dalai - Física, Biologia, Química. Agora os monges aprendem também Matemática. Alguns monges não conseguem aprender, apenas decoram os nomes. O inglês deles é muito bom. Eles decoram muito bem (risos) e as suas mentes são muito aguçadas. Mas em nossa tradição a habilidade de fingir não é muito popular (risos).

ÉPOCA - Se a ciência provar que a reencarnação não é possível, o que o senhor dirá?
Dalai - Muitos anos atrás, nós, budistas, aceitamos que, se a ciência estiver um dia 100% certa disso, nós aceitaremos. Acho que os cientistas não estão se esforçando especialmente para saber isso. No método científico atual não se pode provar ou não a reencarnação. A fé na existência de outras vidas tem de ser baseada na crença ou na aceitação da consciência, o que é muito diferente das coisas físicas. A consciência, a mente, são muito amplas e não foram completamente exploradas pela ciência.

ÉPOCA - O senhor é a reencarnação de Buda?
Dalai - Não! Não sou Buda.

ÉPOCA - Mas isso é o que as pessoas falam, o que se lê por aí…
Dalai - Eu sou simplesmente um monge budista. Normalmente me descrevo como um ser humano normal, treinado nos ensinamentos budistas. Mas há diferentes ângulos de ver as coisas. São mistérios. Eu mesmo não tenho isso muito claro, não sei. Os lamas anteriores, até o nono, eram realmente extraordinários. Não como eu. Eles podem ser considerados como a reencarnação de Buda. Eu não sou sensacional.

ÉPOCA - Mas esse não é o princípio da escolha do Dalai Lama?
Dalai - Quando a questão é se eu sou ou não Dalai Lama, digo 'sim'. Ao longo destes anos espero ter provado que sou a verdadeira reencarnação dos dalai-lamas. Mas sinto que somos seres diferentes. Pelo menos o décimo Dalai Lama gostava muito de cavalos. Eu não gosto. Ao mesmo tempo ele gostava muito de relógios, e eu também gosto. Então, por esse ponto de vista, talvez eu seja mesmo o Dalai Lama. É um mistério.

ÉPOCA - As pessoas o vêem mais como um homem religioso ou um homem político?
Dalai - Acho que o mundo inteiro me vê como um homem religioso, mas nossos irmãos chineses me vêem como um homem político. Gasto 80% do meu tempo com a espiritualidade. E apenas 20% com questões políticas.

ÉPOCA - O senhor já afirmou que o budismo e o cristianismo apresentam semelhanças. Quais são?
Dalai - A fé, a crença e a oração são similares, assim como o sistema monástico. Há também a simplicidade, a devoção... há muitas similaridades. Mas no aspecto da filosofia há disparidades. Os muçulmanos têm somente um Deus, os cristãos têm a Trindade e os hindus têm muitos deuses. Então a pergunta é: por que as práticas apresentam essas diferenças? Porque há diferentes disposições mentais na humanidade. Então precisamos de diferentes métodos para levar essas práticas.

ÉPOCA - O senhor acredita que o fundamentalismo religioso é a maior causa de conflitos no mundo?
Dalai - Não acho que seja a principal fonte de conflitos. Eu acho que, num nível secundário, a fonte principal é a economia, o poder político, essas coisas. Num nível mais importante, o ódio, a ignorância, a raiva. Essas são as principais fontes. Então a religião se tornou parte disso, ou um instrumento. As religiões são usadas para interesses políticos e econômicos. Mas há um grupo de crentes genuínos. Eles acreditam apenas em uma religião, uma verdade, devido à falta de conhecimento de outros valores e de outras tradições, ao isolamento, ao nível de conhecimento. Eles são muito sinceros na fé que querem impor aos outros, que consideram descrentes, infiéis. Isso é antiquado, mas acontece entre os cristãos, os muçulmanos. Entre nós, talvez... (risos)

ÉPOCA - Qual é o objetivo da religião?
Dalai - Todas as religiões, desde as principais até as mais simples, como aquelas em que as pessoas adoram espíritos locais, rezam para o fogo, falam sobre os valores humanos. Através dos valores humanos, as pessoas ficam mais felizes, as famílias ficam mais felizes, as sociedades ficam mais felizes.

ÉPOCA - O senhor está preocupado com sua sucessão?
Dalai - De jeito nenhum. Como monge budista, o presente é que importa. Então devo utilizar minha presença da melhor maneira possível. Mas sei que para a nação tibetana o Dalai Lama é uma figura muito importante.

ÉPOCA - Por que o senhor não defende a independência completa do Tibete?
Dalai - Na nova realidade do mundo há muita interdependência, particularmente na economia. Veja a União Européia, a América Latina. Isso é uma necessidade. O Tibete é materialmente muito pobre e o mundo é muito grande. Não é de nosso interesse permanecermos independentes, isolados. Somos 6 milhões de pessoas numa grande área. Sem emoção, pensando nisso vejo algumas razões pelas quais devemos permanecer com a China. Podemos ter grandes benefícios, desde que a autonomia desses 6 milhões de pessoas seja preservada. É por isso que defendo a autonomia do território.

ÉPOCA - Os tibetanos estão de acordo?
Dalai - Não. Eles querem a completa independência. Sempre discuto isso com eles. Eles me respeitam, mas quanto ao ponto de vista político são muito críticos.

ÉPOCA - O senhor está confiante no futuro do Tibete?
Dalai - Sim. Quando olhamos de uma perspectiva mais ampla, há muita esperança.

ÉPOCA - O senhor ainda gosta de consertar relógios?
Dalai - Pequenos relógios não, mas os grandes, sim.

ÉPOCA - O senhor diz em sua autobiografia que os monges devem obedecer a 253 regras. O senhor pode me dar um exemplo de uma regra estranha ou engraçada?
Dalai - Não são regras engraçadas! São pequenas coisas. Por exemplo, quando a gente come não deve fazer barulho, nem deve fazer assim (passa a língua nos lábios). E nem fazer assim com a boca depois de comer (faz barulho de quem gostou). Acho que no tempo de Buda alguns monges eram mal- educados, então ele escreveu essas regras (risos). Na verdade, essas regras foram criadas porque Buda percebeu que certas ações traziam descontentamento.

ÉPOCA - Para quem o senhor vai torcer na próxima Copa do Mundo?
Dalai - Não ligo para isso. Mas nós desejamos que todos os perdedores sejam os vencedores. Algumas vezes perco a paciência com os vencedores.

segunda-feira, abril 17, 2006

As voltas que a vida dá


Assim como as estações marcam o ritmo do planeta, a cada sete anos começam novos ciclos em nossas vidas e eles trazem desafios especiais. Estar em sintonia com eles torna mais fácil aceitar o passado, viver o presente e traçar metas para o futuro.

De onde vim? Quem sou? Para onde vou? Essas são algumas questões que somos convocados a responder em alguns momentos-chave ao longo da vida.

Uma das formas de fazer isso é olhar os acontecimentos importantes como uma história – a biografia –, percebendo que a cada sete anos (mais ou menos) surge um fato novo e importante que nos desafia a crescer e desenvolver nossos potenciais. Essa é a base do Biográfico, método sistematizado pela médica, terapeuta e escritora Gudrun Burkhard com base na antroposofia, a ciência espiritual fundada pelo médico austríaco Rudolf Steiner (1861-1925).

Esses ciclos de sete anos chamam-se setênios, e pode reparar: quando eles começam, transformações significativas acontecem. Algumas são físicas e valem para todos, independente de cultura, etnia e vontade. A troca dos dentes aos 7 anos, a puberdade aos 14, a conclusão do crescimento aos 21. As mudanças físicas são as mais fáceis de perceber, porém são tantas outras metamorfoses que tecem a vida! Os fios de nossas muitas escolhas, emoções e fatos externos vão se sobrepondo em uma complexa teia moldada por herança genética, lugar de nascimento, profissão, nascimento dos filhos, casamento, rupturas, doenças, encontros que nos levam ao autoconhecimento e a desenvolver a espiritualidade (veja boxe nas próximas páginas).

“Cada pessoa tem sua história e não há duas iguais. Mas já na Grécia Antiga, seis séculos antes de Cristo, os filósofos observaram que há leis universais que valem para todos. O conhecimento dessas fases faz perceber quais são os frutos de cada estação e quando colhê-los no ponto. Esperar até que as habilidades amadureçam é o grande segredo para viver plenamente”, diz a doutora Gudrun.

A travessia não se vê nem é vista

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quarta-feira, abril 12, 2006

Malhar o Judas - ainda é válido?


Com a descoberta do Evangelho de Judas, fica claro que ele era um discípulo importante e que foi fundamental na inauguração do cristianismo. Leia a matéria da revista Época no meu outro blog, na íntegra.Mexidinho

terça-feira, abril 11, 2006

25 dicas para melhorar sua alimentação

Ninguém vai abrir mão do prazer ou aniquilar o cardápio. Aqui você descobre como medidas simples podem adicionar sabor e saúde às refeições sem sacrifício. Aguce os sentidos, acerte nas escolhas e bom apetite!


1. Os especialistas recomendam nove porções de vegetais por dia. Sugestão: 1 1/2 fruta de manhã (pode ser uma maçã e metade de uma papaia, por exemplo), 1 prato de folhas e legumes na hora do almoço, 1 fruta de sobremesa, 1 fruta no lanche da tarde, legumes no jantar e outra unidade de fruta.

2. Para uma salada nutritiva, misture uma raiz (cenoura, beterraba, rabanete), dois ou três tipos de folha (agrião, rúcula, alface) e um fruto (tomate, pepino). "Assim você ingere vários nutrientes, vitaminas e minerais", ensina a nutricionista Catarina Stocco, de Curitiba.

3. Frutas da estação são mais baratas do que as vendidas fora de época, que costumam amadurecer por processos artificiais.

4. Algas marinhas no prato, metabolismo no ritmo. Ótima fonte de iodo, mineral que ajuda a regular a glândula tiróide — uma das regentes de nosso metabolismo —, as algas também são ricas em ferro, cobre, magnésio, potássio, cálcio e zinco. A maior parte delas (como a nori, usada para fazer sushi) possui betacaroteno e vitaminas do complexo B.

5. A película externa é a parte mais rica dos grãos. Por isso, prefira os integrais. Eles conservam vitaminas, minerais, aminoácidos e proteínas que, nos grãos refinados, são praticamente descartados. Outra dica é olhar o rótulo do pão industrializado: muitas vezes ele é vendido como integral, mas contém apenas 10% de farinha não refinada.

6. Dê preferência a requeijão light, cream cheese light, queijo cottage, queijo-de-minas e ricota em vez de manteiga e margarina. Os primeiros têm menos gordura e são ricos em cálcio — bom para os ossos. A manteiga é rica em gorduras saturadas e colesterol, que prejudicam o sistema cardiovascular. Já a margarina, para ganhar a consistência sólida, incorpora moléculas de hidrogênio às de gordura. Isso transforma a gordura poliinsaturada na chamada gordura trans, ou gordura hidrogenada. Esta aumenta o mau colesterol (LDL) e os triglicérides e diminui as taxas do colesterol bom (HDL). "Se você aprecia margarinas, veja o rótulo e prefira as que têm menos de 40% de gorduras", recomenda a nutricionista Miyoko Nakasato, do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo.

7. Dois dentes de alho em sopas e refogados garantem uma boa dose de imunidade. Mesmo cozido, o alho baixa o mau colesterol, protegendo contra doenças do coração, e estimula o sistema imunológico. "Pesquisas recentes concluíram que ele pode matar mais de 60 tipos de fungo e 20 tipos de bactéria", diz Sheldon Saul Hendler, conselheiro nutricional do Comitê Olímpico Americano e autor da Enciclopédia de Vitaminas e Minerais (ed. Campus).

8. Para o chá verde, tudo. A bebida, originária do Oriente, é um poderoso néctar contra câncer, perda da memória e problemas cardíacos. Um dos motivos é seu alto teor de antioxidantes, que inibem as alterações celulares causadoras de tumores. Outra substância presente na planta, o tanino, ajuda a baixar o mau colesterol (LDL) e fortalece artérias e veias. Quantidade: quatro xícaras diárias.

9. Tempere a vida. Alho, alecrim e manjericão reforçam o sabor. Além disso, uma pitada aqui e outra ali no fim das contas representa um ganho para a saúde. O alho ajuda no controle do colesterol e da hipertensão, o manjericão é digestivo e o alecrim estimula a circulação sanguínea só para citar alguns efeitos.

10. Misture flocos de aveia em iogurte, salada de fruta e sopa. O cereal contém betaglucana, fibra que ajuda a dissolver a gordura ruim e diminui o risco de problemas circulatórios. A aveia é ainda rica em cálcio, ferro, vitamina E, vitaminas do complexo B e magnésio. Segundo Gudrun Krökel Burkhard, médica antroposófica e autora do livro Novos Caminhos de Alimentação (ed. CLR Balieiro), o magnésio tem ação antidepressiva e aumenta a disposição física. Três colheres de sopa por dia são uma boa medida.

11. Explore a salsinha. Em saladas, sobre os pratos prontos ou nos sucos, sugere a nutricionista Catarina Stocco. Uma xícara da erva (30 g) tem a mesma quantidade de vitamina C que três colheres de sopa de sumo de limão, uma xícara de agrião ou 1/2 laranja!

12. Alimento para o cérebro? Peixe. As pesquisas confirmam que as espécies de águas frias — como salmão, atum, cavalinha e truta — são ricos em ômega 3, que reduz inflamações, ajuda a limpar as artérias e protege as células cerebrais dos danos causados pelo estresse e envelhecimento. Quer mais? Consumir esses peixes, pelo menos duas vezes por semana, protege o coração e combate a perda de memória, a depressão e a osteoporose.

13. Para o sanduíche: uma pasta de abacate amassado e temperado com sal, limão e cheiro-verde fica uma delícia e substitui com vantagem a maionese. O abacate contém gordura monoinsaturada (saudável para o coração), vitaminas A e B e diversos minerais.

14. Uma colher de sopa de farelo de trigo na refeição principal ou em sucos e sobremesas com frutas estimula o intestino e promove uma verdadeira faxina das toxinas no organismo.

15. Inclua uma laranja em seu cardápio diário. "Graças à vitamina C e aos antioxidantes, ela aumenta as defesas do organismo e evita o envelhecimento precoce", diz a nutricionista Ana Paola Monegaglia, de São Paulo.

16. O azeite se relaciona ao bom colesterol e salva o coração. Mas o melhor é o extravirgem, feito exclusivamente do fruto da oliveira e prensado a frio, o que mantém sua composição química inalterada, além da acidez menor do que 1% — garantia de qualidade.

17. "Salpique na salada sementes de gergelim, germe de trigo, linhaça, sementes de girassol e de abóbora. Estas são ricas em vitaminas, minerais e proteínas", diz Liz Elaine Sowek Santos, de Ponta Grossa, no Paraná, especializada em nutrição esportiva.

18. Nozes são uma ótima fonte de proteínas e vitaminas E (antioxidante) e B (regula o metabolismo). "Apesar de calóricas, contêm gorduras monoinsaturadas, protetoras do coração", diz a nutricionista Miyoko Nakasato. Segundo a Revista Britânica de Medicina, comer nozes durante a semana diminui em até 35% o risco de doenças cardíacas. Já uma castanha-do-pará contém 55 mg de selênio (o equivalente às necessidades diárias de um adulto), um antioxidante fundamental para a saúde do sistema cardiovascular. Também contém magnésio, cálcio e ferro.

19. Um grão sobre o qual ainda vai ouvir falar muito é a quinoa. Conhecida como trigo inca, esse grão cultivado há mais de 4 mil anos pelos andinos é um alimento e tanto. "A quinoa apresenta um alto índice de proteínas, cálcio, fósforo e magnésio", explica a nutricionista Neide Rigo, de São Paulo. Substitui o arroz nas refeições. Característica: estimula o peristaltismo (movimento do intestino).

20. Só dá tempo de fazer um macarrãozinho? Acrescente brócolis. Além de vitaminas, cálcio e ferro, o vegetal ainda contém uma grande quantidade de ácido fólico — que diminui o risco de doenças cardíacas e age como preventivo do câncer — e betacaroteno, que protege os tecidos do envelhecimento precoce e aumenta a imunidade contra doenças", completa a nutricionista Ana Paola Monegaglia, de São Paulo. Uma xícara de brócolis no macarrão proporciona 2,5 g de fibra.

21. A médica Gudrun Kröel Burkhard, no livro Caminhos da Alimentação (ed. CLR Balieiro), recomenda usar panelas de vidro, barro, pedra-sabão, ferro, cobre, porcelana refratária. Se puder, evite os recipientes de alumínio, pois partículas do metal se soltam quando o fundo é raspado. A substância é tóxica e cumulativa no organismo.

22. O iogurte faz as vezes de creme de leite em patês e molhos. Vantagem: tem lactobacilos, responsáveis pelo equilíbrio da flora intestinal.

23. Chocolate melhora o humor. Guarda um aminoácido usado pelo cérebro para produzir serotonina — a substância responsável pela sensação de bem-estar. Até o coração bate feliz por um pouco dessa delícia. Pesquisadores da Universidade da Califórnia concluíram que o alimento contém o flavonóide, substância benéfica para o coração, além de polifenol, antioxidante que impede a formação de placas de gordura nas artérias. O chocolate amargo é uma ótima opção por conter mais cacau e menos gordura.

24. Acrescente cenoura crua e ralada no molho de tomate. A leguminosa turbina os pratos com uma dose de betacaroteno, importante para o coração, o sistema respiratório, a pele e os ossos, recomenda Ana Paola Monegaglia.

25. Pode brindar. Uma ou duas taças de vinho por dia inundam o corpo com antioxidantes e impedem o depósito de gordura nos vasos sanguíneos. Saúde!
Bons Fluidos maio 2005

quarta-feira, abril 05, 2006

Morre aos 90 anos o palhaço Carequinha


George Savalla Gomes, o palhaço Carequinha morreu nesta manhã no Rio de Janeiro, aos 90 anos. Carequinha estava em casa, na Região Metropolitana do Rio. Carequinha nasceu em 18 de julho de 1915, em Rio Bonito, no interior do Rio. Carequinha era de uma família circense; sua mãe era aramista e trapezista. Começou a trabalhar com cinco anos de idade, em Carangola, Minas Gerais.

Isso me entristeceu, eu já vi tantas vezes o Circo do Carequinha, e ontem mesmo eu tinha falado sobre ele para minha filha de 4 anos... Eu o via sempre, pois ele morava em São Gonçalo, onde eu nasci e cresci.

::...Pediatria Radical::...

::...Pediatria Radical::... Excelente site para os pais e mães. Muito instrutivo! Nota 10!!!!