A escolha do medicamento homeopático sempre foi feita fenomenologicamente: colhem-se os sintomas na anamnese e, através da totalidade dos sintomas, é feita esta escolha, geralmente com o uso de repertórios. Na época dos homeopatas clássicos, eram feitas muitas experimentações, permitindo um conhecimento detalhado de vários remédios, que tornaram-se os policrestos e semi-policrestos. Nas repertorizações, por terem muitos sintomas, esses remédios sempre aparecem em destaque e foram ( e são) muito utilizados, com maior ou menor sucesso terapêutico.
Atualmente, fazemos poucas experimentações, apesar de alguns grupos dedicarem-se a isso. Com isso, surgiram algumas correntes dentro da Homeopatia que, na busca por alternativas aos policrstos, mudaram a forma de escolher os medicamentos, saindo da fenomenologia estrita e lançando mão de interpretação dos sintomas, metáforas, temas, etc. Esses métodos permitem prescrever remédios pequenos (melhor dizendo, pouco experimentados) com uma freqüência muito maior, o que foi bom, mas não é o ideal porque não se baseia na comparação dos sintomas, mas de uma interpretação que nem sempre é reprodutível. Na minha prática, deixo esses métodos como uma alternativa para aqueles pacientes que não evoluem bem com a prescrição feita através dos sintomas somente, sem interpretá-los. Apesar de achar a prescrição através da interpretação dos sintomas válida em determinados momentos, ela não é o ideal, porque cada interpretação depende da vivência de cada profissional.
Mas como mudar esse quadro? É possível prescrever remédios pequenos através da repertorização dos sintomas como se apresentam ao observador? Creio que, nos dias de hoje, isso ainda não seja possível devido à pobreza sintomática destes remédios. Para isso, seria necessário que expandíssemos o conhecimento a respeito deles, e isso só é possível através de patogenesias.
O meu desejo é que esta mensagem se tornasse um chamado para que os diferentes grupos de homeopatas fizessem experimentações dos remédios pequenos, para ampliarmos nosso conhecimento a respeito deles. Não precisamos nem devemos descartar os policrestos, precisamos é conhecer mais policrestos!
Saudações homeopáticas,
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